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05/08/2016 - Coordenação
NÓS POR ELAS - Curso de Psicologia – FAAr firma termo de cooperação com Policia Civil para projeto de extensão na DEAM
NÓS POR ELAS - Curso de Psicologia – FAAr firma termo de cooperação com Policia Civil para projeto de extensão na DEAM

               Prof. Rodrigo Madeira e o Delegado de Polícia Rodrigo Camargo

 

A violência doméstica contra a mulher é vista como um problema de saúde pública para a Organização Mundial de Saúde já que os quadros de violência podem afetar a integridade física e emocional da vítima, seu senso de segurança, além de configurar círculo vicioso de “idas e vindas” aos serviços de saúde e o consequente aumento com os gastos neste âmbito (GROSSI, 1996).

As consequências da violência doméstica são delicadas e podem permanecer durante muito tempo. Além das marcas físicas, costumam causar também vários danos emocionais, como: Influências na vida sexual da vítima; baixa autoestima e dificuldade em criar laços.

          Os sintomas psicológicos frequentemente encontrados em vítimas de violência doméstica são: insônia, pesadelos, falta de concentração, irritabilidade, falta de apetite e até o aparecimento de sérios problemas mentais como a depressão, ansiedade, síndrome do pânico, estresse pós-traumático, além de comportamentos autodestrutivos como o uso de álcool e drogas, ou mesmo tentativas de suicídio. (KASHANI; ALLAN, 1998).

          A mulher que convive ou já conviveu, durante algum tempo, com a violência perpetrada pelo parceiro, geralmente, tem um comprometimento psicológico, como dificuldade de mudar sua realidade, uma vez que “a pessoa sob jugo não é mais senhora de seus pensamentos, está literalmente invadida pelo psiquismo do parceiro e não tem mais um espaço mental próprio” (HIRIGOYEN, 2006, p. 182). Por esta razão ela necessita de uma ajuda externa que a auxilie a criar mecanismos para mudar sua realidade e superar as sequelas deixadas pelo processo de submissão às situações de violência. (HIRIGOYEN, 2006).

          Hanada e outros (2010) esclarecem que a mulher vítima de violência doméstica conta hoje com vários tipos de serviços assistenciais que vão desde serviços médicos, psicológicos a aconselhamento jurídicos.            

          A multidisciplinaridade no atendimento é fundamental para que haja melhor eficiência no atendimento e com isso as vítimas possam se sentir seguras para denunciar o agressor e procurar ajuda para si e para todos os envolvidos. Neste corpo multidisciplinar a atuação do psicólogo assume papel relevante.

          Ainda, segundo Hanada e outros (2010), o papel do psicólogo no auxílio a mulheres vítimas de violência doméstica é importante porque este profissional será capaz de não só realizar um trabalho de acolhimento, mas também contribuir para a compreensão da construção do sujeito e abordar sua relação com a sociedade.

          O psicólogo, independente, da abordagem ou método escolhido para realizar esse tipo de atendimento, deverá primeiramente criar um “rapport” e um vínculo terapêutico com a vítima, fazendo com que ela se sinta num ambiente seguro e confiável, pois, somente desta forma, ela conseguirá compartilhar as experiências vividas que lhe causaram sofrimento. (SOARES, 2005; PIMENTEL, 2011). O atendimento psicológico tem como objetivo abordar questões como: acolher; orientar; trabalhar a rigidez da vítima; não vitimização; trabalhar autoestima; ajudar com que o cliente se conheça; trabalhar questões da identidade com a cliente; autoquestionamento; levar a reflexão dos seus pensamentos; em casos de reincidência verificar o que leva a vítima a se relacionar com homens muito parecidos; o que leva suas escolhas; fazer com que elas resgatem sua condição de sujeito; resgatar seus desejos e suas vontades, que ficaram encobertos e anulados durante todo o período em que conviveram em uma relação marcada pela violência.

          Considerando o contexto descrito, o projeto de extensão NÓS POR ELAS, idealizado e desenvolvido através da parceria entre as Faculdades Associadas de Ariquemes – FAAr e a DEAM de Ariquemes, tem como responsáveis pela execução do projeto,  o Professor Rodrigo Madeira, do Curso de Psicologia do IESUR/FAAr e o Delegado de Polícia Titular Rodrigo Camargo.  O objetivo é proporcionar atendimento psicológico as mulheres vítimas de violência, para tanto, será disponibilizado um local para atendimento inicial na DEAM, bem como na Clínica Escola da FAAr durante toda semana em horários diferenciados para uma maior amplitude de atendimentos.

           

 

Prof. Rodrigo Madeira

Coordenador do NUPE em Psicologia  - FAAr

 

Coordenador do Núcleo de Saúde - FAAr

Parceiros
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